MICHELANGELO, UMA VIDA ÉPICA

Michelangelo Buonarroti (Caprese (região de Florença), 1475 – Roma, 1564) esculpiu-se para a História. Usou sua longa vida para garantir a eternidade de seu nome e seus valores estéticos. Foi genial onde o sentido desta palavra não se desgasta. Nunca prescindiu da coautoria do que viveu. Tornou-se um mito e muito mais. Tendo revelado seu grande talento desde a juventude (esculpiu a “Batalha dos Centauros” e “Madona da Escada” aos 17 anos, a “Pietá” aos 23 e o “David” aos 26), atraiu o interesse de vários Papas, líderes políticos e outros poderosos. Tornou-se próximo deles. Atravessou turbulências determinadas por sua própria personalidade e pelos jogos de poder que o circundavam para criar esculturas, pinturas e obras arquitetônicas que impactaram a arte ocidental. A força do que produziu nunca se esgotou. Atua incessantemente, transformando almas. As pinturas da Capela Sistina, o Capitólio em Roma e o “Moisés” mostram a extensão de sua genialidade. Viveu quase sempre em Florença e Roma, que eram em si mundos inteiros. Teve disciplina férrea para não permitir que o que havia de mais íntimo, cru e perigoso dentro de si dominasse sua conduta e arruinasse-lhe a imagem, assim como as possibilidades de realizar o que pretendia. Obter reconhecimento do mundo foi tarefa que tomou como fundamental. Não descolava nome e posição social do trabalho que realizava. Sua vaidade era volumosa e, principalmente, pesada. Não pode amar livremente ao que parece, pois a homossexualidade era em seu tempo uma ameaça, quando não à sobrevivência era-o ao sucesso. E ele parece não ter querido arriscar-se por esta via. Endureceu. Enriqueceu. Transitou pelo espírito da Renascença italiana pisando firme. Trocou muito por muito. O acadêmico britânico Martin Gayford escreveu sobre Michelangelo uma biografia vigorosa em amplo sentido. Buscou suporte em farta e variada documentação e conseguiu contar a vida do artista e descrever o cenário em que viveu como quem constrói um romance. Com muita aventura. O título do livro, “Michelangelo, Uma Vida Épica” é bem pertinente. O projeto gráfico da edição da extinta Cosac Naify honra biógrafo e biografado, belíssimo.

Título da Obra: MICHELANGELO, UMA VIDA ÉPICA

Autor: MARTIN GAYFORD

Tradutores: DONALDSON M. GARSCHAGEN E RENATA GUERRA

Editora: COSAC NAIFY

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5 comentários

  1. Michelangelo explorou todos os vieses artísticos,e, o marco da sua genialidade o torna épico, como o titulo deste livro.
    Multifacetado nas expresssividades de pintor, escultor, arquiteto e poeta. Um dos maiores representantes das artes plásticas do Renascimento italiano!

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  2. Pelo seu belo comentário já me apaixonei pelo livro. Conheço todas as principais obras de arte de Michelangelo e sou apaixonada por elas. Certamente lerei este livro para conhecer como foi esse homem tão admirável. Obrigada
    Eliane Alfani

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  3. Miguel Angel ha sido un personaje muy importante en mi vida.
    A los 16 años viaje por primera vez con mis compañeros de colegio a Roma.Ese año,el ultimo de mi paso por la enseñanza secundaria antes de entrar en la universidad ,en España se elegía un tema que estudiábamos a lo lago del año con profundidad,no toco Italia,y lo dimos en profundidad en todas las materias historia,arte, geografía, etc.
    Debido a esto al final de año viajamos a Italia y la recorrimos toda ella en un autobus desde Madrid.El paso por las grandes ciudades de la Toscana, Florencia, Siena, Pisa, acabo en Roma,donde contemplamos todas las grandezas que esta ciudad albergaba. Fue en Abril de 1959. Pues bien de todo aquel viaje recuerdo con total nitidez muchas cosas,pero quizás la mas importante fue el contactar con mas profundizad con la presencia del gran Miguel Angel, y sobre todo de sus esculturas.
    Un dia fuimos recibidos en audiencia por el papa Juan XXIII, en San pedro,y al final de la audiencia ,en una pequeña capilla que había y hay entrando a la derecha de la basilica, me encontré con “la Pieta”, y allí me quede durante mucho tiempo. Esta escultura me ha acompañado durante toda mi vida, y a pasado a ser parte central de mi espiritualidad,transformando con mi imaginación los rostros jovencisimos y bellos de la Virgen y Jesús, por el Dios Padre y por mi.
    Vimos en aquel mi primer viaje, otras maravillas de Miguen Angel, el Moisés en Roma, el David en Florencia y muchas otras, pero solo” La Pieta” me ha acompañado en mi memoria y en mi corazón hasta el dia de hoy ,siempre presente, siempre junto a mi.

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