O português é uma das cinco línguas mais faladas do mundo. Surgiu entre o final da Antiguidade e o início da Idade Média na região que hoje é o norte de Portugal e parte da Espanha. É classificada como uma língua românica ou neolatina. Foi formada a partir do latim vulgar, falado pelos colonizadores romanos da Península Ibérica e também de elementos de outras línguas da região, usadas por povos que ali viveram anteriormente, como celtas e lusitanos. Talvez seus primórdios possam ser situados ainda mais atrás na história. Faz parte do conjunto das línguas indo-europeias. Recebeu contribuições das chamadas tribos bárbaras após a queda do Império Romano, assim como do árabe trazido com a ocupação muçulmana no século Vlll. Foi adotada como Língua Nacional de Portugal no reinado de D. Diniz l, no século Xlll. Depois do período expansionista de Portugal a língua portuguesa passou a ser falada por diversos povos em diferentes lugares do mundo, como o Brasil, partes da Índia, da África e da Ásia. Continua modificando-se, pois todas as línguas em uso são vivas.
A função essencial de qualquer língua é a comunicação entre pessoas. O modo como é feita esta comunicação pode variar muito transitando em espectros situados entre a acuidade e a vagueza, a amplidão e a estreiteza, a pobreza e a riqueza e feiura e beleza. Mesmo que na língua falada adotem-se formas coloquiais, sem muito rigor formal (que são meios mais práticos e também veículos de transformação) é melhor não nos desobrigarmos de seguir o chamado padrão culto quando escrevemos. Este é “regulamentado” pela gramática e pelo léxico de um determinado período histórico. O padrão culto não deve ser considerado como elitista ou como instrumento de opressão. É uma maneira de preservar a língua. E de ama-la. Uma língua pode ser vista como patrimônio de um povo, parte importante de sua Cultura. E mais desenvolvidos serão aqueles capazes de respeita-la e bendize-la.
